O Céu do Bebê

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Presentear um bebê que acaba de chegar a este mundo com a leitura de seu Mapa Astrológico vem se tornando prática comum nos dias de hoje, em que as pessoas estão cada vez mais voltadas para o conhecimento holístico da vida, isto é, procuram seu lugar no mundo sabendo se parte de um todo. No entanto, mais do que um simpático presente, conhecer a disponibilidade celeste na hora do nascimento da criança é um grande facilitador para pais e educadores na difícil tarefa de conduzir uma nova pessoa na vida.

A marca do Céu que se imprime na criança na hora do seu nascimento vai revelar como ela poderá se tornar parte do todo e como poderá se diferenciar desse todo para deixar sua marca na Terra. Dentro dos propósitos divinos, o novo ser trará seus próprios talentos e suas próprias limitações, independentemente do que seus pais sonhem ou projetem como modelo de desenvolvimento ideal para ele. Na verdade, o pequenino ser precisará que eles o conduzam durante a trajetória do crescimento com sabedoria, tranqüilidade e autoconfiança. Permitir que as exigências do mundo se interponham, ou que padrões de felicidade ditem a educação, dificulta que a nova sementinha brote com toda a sua força e vitalidade. Essa semente precisará da água e do adubo que os meios familiar e sócio cultural em que ela se encontrar inserida poderão oferecer, mas seu crescimento dependerá fundamentalmente do seu próprio conteúdo orgânico.

A criança externa com pureza e simplicidade todas as suas vontades, dificuldades e aflições. Nada ainda foi filtrado ou moldado pelo ambiente e nem pela sociedade. É uma pedra preciosíssima, em estado bruto, que está pronta para aprender, apreender e evoluir. A compreensão das suas necessidades, o respeito aos seus instintos e o estímulo à sua vontade serão a base para a atuação de seus pais e professores ao longo de sua vida. É importante saber a hora de colocar limites – e qual a maneira adequada – de forma a não destruir um potencial latente. Igualmente necessário é perceber o momento de estimular uma realização ou captar seus medos e angústias para agir em prol de seu conforto emocional. Estas são tarefas delicadas e que demandam ser realizadas com muito amor, compreensão e determinação. O Mapa Natal é poderosa ferramenta para a execução dessa missão. Nele está registrado tudo o que o novo ser precisará para se desenvolver plenamente. Dele se podem extrair muitas soluções para os desafios que a vida apresentará. Ele é precisamente o mapa que o Universo disponibiliza a cada um de nós, cheio de estradas e caminhos que nos levarão ao cumprimento de nossa tarefa na Terra e à nossa realização pessoal.

O sentido de trazer para a consciência dos pais as promessas da Carta Natal do bebê está em identificar os desafios que a criança enfrentará no seu processo de integração na família, na escola e na sociedade, além de valorizar seus potenciais inatos que favorecerão o seu desempenho. Para evitar a massificação é preciso compreender que estamos lidando com um ser único, que não pode ser comparado nem mesmo com seus irmãos – mau hábito que temos ao avaliarmos o desenvolvimento dos filhos ou ao associarmos suas etapas do crescimento. Se um filho anda antes do primeiro ano, porque o outro demora mais? Se um falou cedo, porque o outro também não o faz? Queremos também fornecer os mesmos recursos materiais e emocionais a todos os filhos, numa tentativa de sermos justos, minimizando o fato de que cada um tem uma necessidade diferente, podendo um presente ser valorizado de maneira diversa entre eles de acordo com cada interesse. Como alcançar as necessidades individuais de cada um? Que esporte será mais adequado ao meu filho? Por que ele não quer aprender violão quando todos aprendem? Como solucionar a falta de atenção nos estudos? O que pode ser equilibrado e o que deve ser assimilado? Muitas outras questões podem ser respondidas. Está tudo lá, no Mapa Natal, esperando ser revelado.

Os irmãos gêmeos são ainda mais exigidos e comparados. Apesar de muitas vezes possuírem mapas “iguais”, ainda assim eles precisam ser tratados como seres independentes e únicos. Ao longo do seu desenvolvimento vão demonstrar uma alternância de comportamentos e de interesses na busca da diferenciação. Tanto os aspectos fluidos quanto os desafiadores de seus mapas podem resultar em atitudes semelhantes, mas sempre com um toque pessoal que individualizará o resultado.

Outra consideração importante é a análise dos trânsitos dos três primeiros meses de vida do bebê. Nesse período, o Sol se dirige à posição em que se encontrava no momento da concepção, concluindo o ciclo de iluminação e aquecimento da semente. Essa fase tão primordial da vida da criança, e tão cansativa para os pais, será referência para todos os eventos concretos que acontecerão ao longo da sua existência, na medida em que representa um aprendizado e um ajustamento. É fundamental conhecer o que aquele bebê precisa neste período, de maneira a suavizar suas dificuldades e a facilitar seu aprendizado e a assimilação das experiências durante toda a sua vida, para que ele possa enfrentar o desafio da existência com segurança.

O Mapa Astrológico é um manancial de forças que estão disponíveis para um ser. Não pode ser utilizado para meras “adivinhações”, diante das quais o consulente assume uma postura passiva e impotente. Interpretar o Mapa Natal de um bebê não é fazer previsões simplistas sobre o futuro da criança, mas fornecer recursos para o fortalecimento da sua identidade física, emocional, mental e espiritual. O nascimento em si mesmo denota uma nova possibilidade de vida e de renovação da sociedade. Ao darmos o devido valor àquela alma que nos foi confiada, estaremos cumprindo nosso papel de pais e educadores, e vivenciando as palavras de Gibran Khalil Gibran em “O Profeta”:

“Vossos filhos não são Vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da Vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. Embora vivam convosco não vos pertencem. Podeis outorgar lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas. (…) Podeis esforçar vos por ser como eles, mas não procureis fazê los como vós.”

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